Nesta quinta-feira, 25, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Endrômina, que investiga uma possível associação criminosa com participação em ações corruptas, onde servidores públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) estão envolvidos.
De acordo com a investigação, empresários do ramo madeireiro eram beneficiados pelos servidores, que fraudavam os trâmites de processos de licenciamento nos órgãos ambientais, recebendo em troca vantagens indevidas.
A PF apurou ainda, que os servidores do Ibama repassavam detalhes das fiscalizações do órgão antecipadamente aos empresários. Isso facilitava a fuga das pessoas envolvidas com crimes ambientais. Outro detalhe que chamou a atenção é que os servidores auxiliavam os empresários autuados a preparar a defesa frente ao órgão. Em troca, recebiam pagamentos pelas vantagens indevidas. Em um caso, a PF descobriu que os servidores tinham comprovantes de transferência bancária, confirmando que os serviços fraudulentos foram pagos.
Oito mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos por aproximadamente 30 policiais federais. A ação ocorreu nas residências dos servidores investigados e de um empresário em Macapá.
Os investigados podem responder por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade ideológica, além de criação de obstáculo para a fiscalização ambiental.
O trabalho de hoje é resultado da Operação Usurpação, deflagrada em agosto de 2020, que constatou fraudes no Sistema DOF (Documento de Origem Florestal).