O Amapá não atingiu a meta de vacinação nas campanhas contra o sarampo e poliomielite, que encerrariam em 30 de outubro. Por isso, prorrogou a imunização até 20 de novembro, para tentar alcançar 95% do público-alvo, que são os adultos de 20 a 49 anos, para o sarampo, e as crianças de 1 a 4 anos e 11 meses, no caso da poliomielite.
Desde o início das campanhas, a taxa de cobertura vacinal atingiu 59,10%, contra o sarampo, e 83,4%, contra a poliomielite. As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) dos municípios, de segunda a sexta, no horário de 8h as 12h e 14h as 18h.
Sarampo
Depois de 20 anos, o Amapá voltou a registrar casos da doença em 2019, com duas confirmações. Em 2020, já foram contabilizados 134 casos, sendo 85 em Santana, 44 em Macapá, 3 em Mazagão, 1 em Pedra Branca do Amapari e 1 em Porto Grande.
Os municípios com maior taxa de cobertura vacinal de sarampo são Calçoene (119,38%) e Macapá (102,13%). Os que apresentam menor taxa são Mazagão, Vitoria do Jari e Oiapoque, com 18,92%, 13,58% e 11,27% respectivamente.
“Nós precisamos atingir a meta de cobertura vacinal para conter o avanço de casos. O sarampo é uma doença que pode ser fatal, mas a pessoa pode se imunizar. Por isso, é de extrema importância que todos tomem a vacina”, alertou Andrea Marvão, chefe da Unidade de Imunobiológicos da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
No caso da poliomielite, o Amapá já tem a maior taxa de cobertura vacinal do país, com 83,4% das crianças imunizadas. A campanha acontece desde o início dos anos 1990, e há mais de 20 anos o Brasil não registra nenhum caso da doença, considerada erradicada no país.
No Amapá, cinco municípios conseguiram atingir a meta vacinal: Amapá, Calçoene, Macapá, Serra do Navio e Tartugalzinho. O município de Calçoene registrou 146,26% de cobertura vacinal, o maior de todo o estado.