COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Operação conjunta mira facção criminosa suspeita de apoiar candidatura em Santana

Operação conjunta mira facção criminosa suspeita de apoiar candidatura em Santana

Em Santana, um dos alvos foi a casa da candidata a vereadora, no bairro Acquaville

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Uma operação em conjunto, deflagrada na manhã desta segunda-feira, 12, em três municípios do Amapá, teve como alvo uma organização criminosa que atua no Estado e investigada, também, por envolvimento nas eleições municipais, com possível apoio a uma candidata a vereadora em Santana.

Dez mandos de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Um dos alvos das buscas foi a casa da candidata, que não teve o nome revelado, no bairro Acquaville, em Santana, onde foram apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos que possam comprovar o possível ilícito, em inquérito que tramita na Polícia Federal.

“Uma candidata a vereadora, através de contatos com faccionados, em Santana, buscou votos, apoio para a candidatura dela, através de troca de valores, que foram entregues a faccionados em troca de votos”, explicou a promotora de Justiça Andréa Guedes, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Amapá (Gaeco).

Também foram cumpridos mandados em Laranjal do Jari e Macapá, inclusive, no Instituto de Administração Penitenciária do Estado (Iapen). A operação Castelo de Areia foi coordenada pelo Gaeco, com apoio da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público Eleitoral, Iapen, além da Polícia Técnico-Científica (Politec) Gabinete Militar do Ministério Público Estadual e Núcleo de Inteligência da instituição.

A coordenadora do Gaeco no Amapá, Andréa Guedes, disse que a Operação Castelo de Areia marca a reestruturação do grupo no combate ao crime organizado, sobretudo na base financeira das facções, por isso foi dada especial atenção em comprovantes de movimentações bancárias.

“Essas pessoas que foram presas hoje são um braço forte dessa facção, que movimenta contas bancárias, dinheiro de tráfico de drogas, de armas, de crimes diversos, que tem, nessa movimentação, o ganho para que cresça financeiramente”, afirmou a promotora.

Os alvos foram conduzidos ao Complexo Cidadão Zona Sul do Ministério Público do Amapá, em Macapá, que serviu como base da operação.

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