OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA

Candidata investigada por suposto acordo com facção criminosa ocupou cargo na gestão de Sadala

Candidata investigada por suposto acordo com facção criminosa ocupou cargo na gestão de Sadala

Sulami e o marido Claudomiro foram fotografados juntos com o prefeito Sadala durante o carnaval deste ano

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A candidata a vereadora de Santana que foi um dos alvos da Operação Castelo de Areia, deflagrada na segunda-feira, 12, pelo Ministério Público do Estado (MP-AP) e outros órgãos, é investigada pela Polícia Federal em um inquérito que apura possível repasse de recursos a uma organização criminosa em troca de votos. O Correio de Santana confirmou que a investigada é Sulami Marques (Republicanos), que foi coordenadora municipal de Gestão e Desenvolvimento Social no primeiro ano da gestão de Ofirney Sadala (Avante), conforme consulta ao portal da transparência.

Foram expedidos dez mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, nos municípios de Santana, Macapá e Laranjal do Jari. A pedido do Ministério Público Eleitoral, a Justiça determinou buscas na casa de Sulami, que é casada com o empresário Claudomiro Costa dos Santos, que seria o responsável por diversas obras na gestão municipal.

Em 2016, Sulami e o marido, Claudomiro, apoiaram a candidatura de Ofirney Sadala

Em 2016, o casal apoiou o então candidato Ofirney Salada à Prefeitura de Santana e passou a ter espaço na gestão, com a nomeação de Sulami para o cargo de coordenadora municipal de Gestão e Desenvolvimento Social, além de obras executadas por Claudomiro, como a retomada da construção do Shopping Popular e a construção de uma arena de grama sintética no bairro Hospitalidade.

Segundo a promotora de Justiça Andréa Guedes, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Amapá (Gaeco), a candidata é suspeita de negociar apoio político com o grupo criminoso. “Uma candidata a vereadora, através de contatos com faccionados, em Santana, buscou votos, apoio para a candidatura dela, através de troca de valores, que foram entregues a faccionados em troca de votos”, afirmou Guedes.

Ainda de acordo com o Gaeco, neste momento, não há qualquer candidato ou candidata ao cargo de prefeito de Santana investigado por ligação com a associação criminosa. O Correio de Santana não conseguiu contato com Sulami, pois o telefone dela e o do marido teriam sido apreendidos durante a operação. No entanto, permanecemos à disposição, caso ela queira prestar algum esclarecimento.

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