O governador do Estado, Waldez Góes, sancionou a Lei n. 2507, que garante a reestruturação da Polícia Civil do Amapá para melhor apurar casos de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos. O projeto foi aprovado na quinta-feira, 13, pela Assembleia Legislativa do Amapá (Alap).
A lei permite a criação da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DR-Ciber) e das Coordenadorias Especiais de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Ceccor) e de Operações e Recursos Especiais (Core).
O projeto de lei foi encaminhado à Assembleia Legislativa em 14 de julho, com pedido de apreciação em regime de urgência, e por ter sido aprovado antes do dia 15 de agosto, as novas unidades poderão receber aportes de recursos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que determinou um prazo aos estados para criarem estruturas de combate à corrupção aptas a receber investimentos do governo federal.
Nesta sexta-feira, 14, o governador Waldez Góes, o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Carlos Souza, e o delegado-geral de Polícia Civil do Amapá, Uberlândio Gomes, explicaram as mudanças com a nova lei. “As novas unidades reestruturam a nossa Polícia Judiciária, a Polícia Civil, que fortalece ainda mais o trabalho que nós temos em relação as políticas de controle, transparência e combate a práticas ilícitas, tanto no setor público como também na iniciativa privada”, disse o governador Waldez Góes.
A Ceccor
A Coordenadoria Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (CECCOR) será formada por duas divisões de inteligência dotadas de recursos especiais de tecnologia. A Divisão Especial de Combate à Corrupção (Decor) terá apoio de um laboratório especializado em identificar fraudes de lavagem de dinheiro. Já a Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) foi criada com objetivo de investigar, prender membros e desarticular facções criminosas no Amapá.
Com a criação das duas divisões, os crimes envolvendo organizações criminosas serão investigados com mais profundidade, utilizando técnicas especiais para obtenção de provas, captação de sinais, infiltrados e outros recursos necessário para melhor resultado.
Foi projetado também o laboratório contra a lavagem de dinheiro para descapitalizar líderes de organizações criminosas com apreensão, sequestro e indisponibilidade de bens e valores lucrados com as atividades ilícitas.
Um dos maiores benefícios das atuações especializadas da Decor e da Draco é que os valores ilícitos apreendidos poderão rapidamente ser revertidos em recursos para a própria segurança pública.
A Core
Trata-se de um grupo operacional, uma tropa de elite da Polícia Civil, que terá treinamento constantemente e será empregado em ações de alto risco de combate. A coordenadoria vai qualificar agentes na área de operações policiais, dando maior segurança e eficiência nas ações de combate direto à criminalidade.
A DR-Ciber
Esta unidade será estruturada de tecnologia para desvendar delitos na web, como fraudes bancárias, estelionato, pedofilia, fake news, ameaças, injúrias, calúnias, difamações por meio de redes sociais, e uma série de outros crimes praticados virtualmente.
Para funcionamento, a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos terá à disposição tecnologia de alta performance e treinamento específico para a equipe de investigadores.