Por falta de água, alunos são liberados mais cedo e escola fica ‘abandonada’

Por falta de água, alunos são liberados mais cedo e escola fica ‘abandonada’

Escola suspendeu as aulas na semana passada, por falta de água no bairro Fonte Nova

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Quem procurou informações na Escola Municipal de Educação Básica Padre Fúlvio Giulliano, em Santana, no fim da manhã desta terça-feira, 1, não encontrou ninguém no estabelecimento de ensino. Por falta de água no prédio, os alunos foram dispensados mais cedo e os funcionários desapareceram antes das 12h.

A equipe do Correio de Santana foi à escola, que fica no bairro Fonte Nova, zona norte da cidade, apurar uma denúncia sobre o comprometimento do calendário escolar. As aulas teriam sido suspensas na semana passada, por falta de água, e retomadas nesta terça. Porém, após o lanche, por volta de 9h30, as crianças foram liberadas.

“É um absurdo! Nossos filhos ficam com o aprendizado comprometido por conta dessa situação”, desabafou um pai de aluno, que pediu para não ser identificado.

Por volta de 11h30, quando a equipe do Correio de Santana chegou à escola, não havia nenhum servidor ou até mesmo vigilante. A sala da direção e outros ambientes estavam trancados. As salas de aula estavam destrancadas, com as luzes acesas e centrais de ar-condicionado ligadas, mesmo sem nenhum aluno e professor presentes. Às 12h, o jornalista Gilberto Pimentel gravou o vídeo abaixo para mostrar que não havia ninguém no local.

O vereador Rarison Santiago (PRP) prometeu levar o assunto ao plenário da Câmara Municipal de Santana e cobrar providências do poder público municipal. “Vamos apresentar um requerimento e pedir apoio dos colegas vereadores, para convocar a secretária de Educação do município, para dar explicações sobre as razões de essa escola municipal estar sem aula”, frisou Santiago.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Santana confirmou que os alunos foram liberados mais cedo por falta de água no bairro Fonte Nova, mas que, no turno da tarde, as aulas ocorreram normalmente. Quanto à falta de servidores durante o horário de expediente, o diretor da escola informou que eles estavam em um evento, sobre o Plano de Mobilidade Urbana do município, no campus do Instituto Federal do Amapá (IFAP). Questionado sobre a escola estar abandonada, sem sequer um vigilante, o diretor não respondeu ao questionamento.

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